Qual a percentagem de jovens entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem completar o secundário?
No âmbito da Estratégia 2020, foi definida a meta de reduzir a taxa de abandono escolar precoce (AEP) para os 10% até 2020. Na última década, Portugal tem vindo a reduzir significativamente a sua taxa de AEP (18-24 anos) e a aproximar-se cada vez mais da meta de 10%. Contudo, em 2017 a taxa de AEP ainda era 2,6 p.p. superior.
Taxa de abandono precoce de educação e formação, em Portugal e na EU28, 2007-2017
Em 2007, a taxa AEP em Portugal era de 36,5%, mais do dobro da média Europeia (EU28) que registava 14,9%. Desde então tem-se vindo a registar uma redução contínua (à exceção de 2016, ano em que se observou um ligeiro aumento – 14%) e, consequentemente, a diferença em relação à média EU28 tem também vindo a diminuir, fazendo se sentir os efeitos do aumento da escolaridade obrigatória em 2009, atualmente situada nos 12 anos. Efetivamente, foi a partir de 2009 que a descida começou a ser mais acentuada e a diferença face à taxa de AEP da EU28 se tornou cada vez menos significativa, sendo que em 2009 essa diferença era de 16,7 p.p., e em menos de uma década desceu para 2 p.p. em 2017.
Ao contrário do que acontece na EU28, em que nos últimos anos a taxa de AEP tem sido superior entre os alunos que nasceram num país estrangeiro, em Portugal a diferença tende a ser menos significativa. A exemplo, em 2017, a taxa de AEP na EU28 entre os alunos que nasceram num país estrangeiro era de 19,3%, 8,7 p.p. superior à taxa de AEP geral de 10,6% e em Portugal essa diferença era de apenas 1,3 pontos percentuais, com uma taxa de AEP de 13,9% entre os alunos que nasceram fora de Portugal.
As maiores diferenças registam-se em termos de composição por sexo, com a taxa de AEP a revelar-se significativamente superior (5,6 p.p.) entre os homens (15,3%) do que entre as mulheres (9,7%), com uma taxa inferior à meta europeia de 10%. Na EU28, ainda que também exista uma maior prevalência da taxa de AEP entre os homens (12,1%), a diferença não é tão significativa.
Taxa de abandono precoce de educação e formação, por sexo, em Portugal e na EU28, 2017
Uma análise da distribuição regional da taxa de AEP evidencia a existência de algumas diferenças territoriais.
Apenas a região Centro (10,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (10,8%) têm taxas de AEP próximas da meta europeia de 10%. As taxas mais elevadas registam-se no Algarve (17,1%) e na Região Autónoma dos Açores (27,8%). Não estão disponíveis dados para a Região Autónoma da Madeira.
Taxa de abandono precoce de educação e formação, por Local de residência, 2017
Taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação
Taxa que permite definir o peso da população residente com idade entre 18 e 24 anos, com nível de escolaridade completo até ao 3º ciclo do ensino básico que não recebeu nenhum tipo de educação no período de referência sobre o total da população residente do mesmo grupo etário. (metainformação – INE)