A depressão, seja de forma permanente ou intermitente, tem um impacto profundo na qualidade de vida de quem a padece. Os sintomas da doença, seja de forma leve ou severa, podem causar graves problemas de saúde física e mental, e ter consequências mais drásticas como o suicídio ou lesões autoprovocadas voluntariamente.
A partir dos dados do Inquérito Europeu de Saúde, com base nos indicadores de doenças crónicas, entre as quais se inclui a depressão, é possível aferir sobre as autoperceções sobre depressão ocorrida nos últimos 12 meses anteriores ao inquérito para o ano de 2014.
Percentagem de pessoas que reportaram depressão crónica nos últimos 12 meses, por grupo etário, UE27 e Portugal, 2014
Em 2014, 11,9% dos residentes em Portugal afirmaram sofrer de depressão crónica, 5 p.p. superior ao valor registado na UE27. Ainda que mais reduzida, a prevalência de depressão entre os mais jovens é significativa, em Portugal e sobretudo entre os jovens adultos, onde atinge os 6,3%, 1,5 p.p. superior à média da UE27.
Percentagem de pessoas que reportaram depressão crónica nos últimos 12 meses, por grupo etário e sexo, UE27 e Portugal, 2014
Por sexo, a proporção de pessoas que reportaram sofrer de depressão crónica, na EU27 e em Portugal, e em todos os grupos etários, é superior entre as mulheres. Na UE27 as diferenças não são muito relevantes, mas em Portugal verificam-se diferenças significativas por sexo entre a população geral e entre os jovens adultos, atingindo as mulheres respetivamente mais 11,3 p.p. e 7,4 p.p. que a incidência de depressão entre os homens.